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  • Foto do escritorMiguel Freitas

Miguel Oliveira acelera para a vitória no GP Portugal

Piloto português não deu qualquer hipótese aos seus adversários, assumindo a liderança de início ao fim, para terminar o Mundial no nono lugar.

Fonte: SAPO Desporto

O piloto português Miguel Oliveira venceu o Grande Prémio de Portugal de MotoGP. O piloto natural de Almada partiu da primeira posição para a 14ª e última corrida da época, depois de no fim-de-semana anterior ter conseguido a sua primeira pole position da carreira. Assim, Miguel Oliveira subiu à nona posição de um campeonato ganho pelo espanhol Joan Mir (Suzuki), que desistiu devido a problemas na mota, enquanto a Ducati venceu o campeonato de construtores.


Com 25 anos e um dia depois do fecho do Grande Prémio de Portugal, o MotoGP anunciou a lista de inscritos para o próximo ano nas três categorias do campeonato. O destaque vai para Miguel Oliveira, inscrito na prova rainha e onde constam três rookies. Apesar do muito talento e dedicação, a chegada ao sucesso não foi fácil.


As primeiras acelerações


Por influência do seu pai, Paulo Oliveira, também ele piloto, Miguel teve aos três anos o primeiro contacto com uma mota, uma Moto4 elétrica. Quando cresceu, teve uma com 50 centímetros cúbicos (50cc). Desde muito cedo que o “falcão” teve contacto com as competições, onde inicialmente tentou a sua sorte nos karts e depois competiu no campeonato de MiniGP. Nesse campeonato, conseguiu um quarto lugar, sendo nomeado para a categoria de Jovem Promessa pela Confederação Nacional do Desporto. No ano seguinte, aventurou- -se por terras espanholas, onde competiu no Campeonato de Madrid, muito por influência do seu pai.


O campeonato espanhol de velocidade, onde se estreou em 2009, acabou por ser o impulso para Miguel Oliveira, ao terminar em terceiro. Apesar de estar numa tenra idade, o piloto de Almada continuava a competir entre os melhores e, em 2010, lutou pelo título espanhol, acabando como vice-campeão, a dois pontos de Maverick Viñales, assim como no campeonato europeu. No final do ano, tanto Miguel como Maverick acabaram promovidos à categoria 125cc, antiga designação para o que hoje se conhece por Moto3.



Na nova categoria, ingressou na Aprilia, mas o ano de estreia foi bastante complicado, fruto da falta de apoio dos seus colegas de equipa, que podia ter desmotivado Miguel, mas o seu talento e resiliência permitiram alcançar o seu primeiro pódio, aquando de um terceiro lugar no GP da Catalunha, ao volante de uma Suter-Honda.


A confirmação do talento


Depois de duas épocas na indiana Mahindra, Miguel Oliveira ocupou a vaga de Jack Miller na equipa oficial da KTM e chegou finalmente a uma equipa de topo, capaz de lhe proporcionar todas as condições para sempre estar sempre entre os melhores. Depois de mais um início difícil, com quedas e desistências, em maio, no Circuito de Mugello, em Itália, ouviu-se pela primeira vez o hino nacional num mundial de motociclismo. Além da vitória em Itália, o piloto somou mais cinco vitórias, três segundos lugares e uma pole position, o que lhe valeu o título de vice-campeão de Moto3.

Fonte: Jornal Sol

Os resultados valeram-lhe mais uma subida de divisão, desta vez para o Moto2, cada vez mais próximo do seu objetivo. Depois de um ano de 2016 ao serviço da Leopard Racing marcado pela irregularidade, 2017 fica marcado pelo regresso à equipa da KTM, agora já no Moto2. Nesta equipa, Oliveira somou a primeira vitória no Moto2, no Grande Prémio da Austrália, onde, mais tarde, juntou vitórias na Malásia e em Valência. Com estas conquistas e mais seis pódios, ficou em terceiro lugar do mundial de 2017.


Em 2018, o “falcão” não parou e arrecadou o mesmo número de vitórias, mas mais pódios, sagrando-se vice-campeão mundial de Moto2, ficando a novo pontos de Francesco Bagnaia, campeão nesse ano. Fruto do seu trabalho, em 2019, chegou o expoente máximo para Miguel Oliveira, quando conseguiu ser o primeiro português a competir no MotoGP, ao serviço da KTM.


Apesar de somar triunfos importantes ao lon go dos anos, 2020 foi o ano de consagração. A 23 de agosto de 2020, no grande Prémio da Estíria, o piloto português ultrapassou Jack Miller e Pol Espargaro na última curva e somou a sua primeira vitória na carreira no MotoGP. A 22 de novembro, em solo português, Miguel Oliveira continua o seu caminho vitorioso ao conquistar a segunda vitória na temporada no Mundial de MotoGP no Grande Prémio de Portugal, que teve lugar no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão.



Oliveira seguiu imparável desde início na frente e não deu hipóteses à concorrência. O piloto luso precisou de 41.48,163 minutos para cumprir as 25 voltas ao traçado algarvio, deixando o australiano Jack Miller (Ducati) na segunda posição, a 3,193 segundos, e o italiano Franco Morbidelli (Yamaha) em terceiro, a 3,298 segundos.


Com um futuro todo pela frente e independentemente se irá ter sucesso, Miguel Oliveira já escreveu o seu nome na história portuguesa.

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