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Morreu Sean Connery, o primeiro James Bond

  • Foto do escritor: Miguel Freitas
    Miguel Freitas
  • 31 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 14 de jan. de 2021

O ator escocês Sean Connery tinha 90 anos e uma carreira cheia de sucesso no cinema. Foi a primeira pessoa a dar vida ao 007 – James Bond e fê-lo durante seis filmes.

Fonte: BBC

Segundo notícia avançada pela BBC, Sean Connery morreu, este sábado, nas Bahamas. Conhecido por muitos pelo papel que desempenhou na saga de filmes 007, o ator contou com inúmeras participações em diversas películas de sucesso, tal como “Indiana Jones e a Última Cruzada” ou “Um crime no Expresso do Oriente” .


Com mais de 50 anos de carreira, iniciada em 1955 e concluída em 2006, Sean Connery foi um artista de referência para várias gerações em todo o mundo. Conquistou diversos prémios, entre os quais o BAFTA (British Academy Films Awards) de melhor ator em cinema em 1986 e um Óscar de Melhor Ator Secundário, aquando de uma interpretação da personagem Jim Malone em 1987. Além disso, foi nomeado Sir pela Rainha Isabel II em 2000, apesar de ao longo de toda a sua vida ter lutado pela independência da Escócia do Reino Unido.



A infância difícil de uma estrela


Apesar do seu sucesso, a infância de Sean Connery não foi fácil. O seu primeiro emprego foi como leiteiro, aos 13 anos. Antes da sua primeira oportunidade no mundo artístico, ainda entrou na Marinha Real Britânica, foi nadador-salvador, camionista juntamente com o seu pai, operário e modelo de pintores e artistas na Universidade de Belas Artes de Edimburgo. Além disso, pensou em ingressar no mundo do futebol e até teve uma proposta do Manchester United, mas escolheu o cinema, por acreditar que conseguia ter uma carreira melhor no meio artístico, em comparação à que poderia ter no futebol.

Fonte: Sportscasting

A vida do ator escocês nos palcos começou no teatro. O seu primeiro papel foi num musical intitulado “South Pacific”, em 1953. A primeira aparação de Connery num filme foi em 1954: “Lilacs in the Spring”. Em 1957, consegue o seu primeiro papel principal em “Blood Money”. Um ano depois, durante as gravações, o namorado de Lana Turner, atriz norte-americana, ameaçou-o com uma arma devido aos rumores de romance entre os dois atores. mas Connery desarmou- -o e evitou males maiores.


Somou ainda participações em filmes como “Another Time, Another Place”, “Darby O’Gill and the Little People” e “Hell Drivers”.


Bond. James Bond.


Após trabalhos no cinema e na televisão inglesa, nos anos 60, Connery chegou à fama internacional ao desempenhar a personagem James Bond na saga “Agente Secreto 007”. Conseguiu o papel através da mulher do realizador Cubby Broccoli, que convenceu o marido a avançar na contratação do escocês. Representava um espião duro e impenetrável, com uma presença física que impunha respeito e combinava na perfeição com a sua postura de galã. Nem sempre consensual junto do público, o ator escocês esgotou salas de cinema com o primeiro filme da saga, e até o presidente norte-americano da altura, John F. Kennedy, exigiu uma transmissão do filme em privado.


Acabaria por deixar a personagem James Bond durante 12 anos, devido a problemas financeiros e de segurança. Pelo meio, recusou ser Bond no filme “007 – Ao Serviço da Sua Majestade” e foi substituído por George Lazenby, mas voltou ao papel no filme “007 – Os Diamantes São Eternos”, em 1971. A última vez que encarnou a personagem de James Bond foi em 1983 no filme “Nunca Mais Digas Nunca”, numa altura em que Roger Moore já o fazia com regularidade. Desde então, Timothy Dalton (1986-1994), Pierce Brosnan (1994-2004) e Daniel Craig (2005 – atualidade) também assumiram o papel do agente secreto.


Antes de se aposentar e seguir a carreira de produtor, o ator escocês veio a Lisboa para gravar “A Casa da Rússia”, onde tinha um dos papéis principais. Em 2006, deixa o mundo da representação e passa à produção de filmes. Fez diversos filmes como “Descobrir Forrester” e “Liga de Cavalheiros Extraordinários”. O seu último filme foi um documentário produzido em 2012 sobre uma universidade na Escócia. Além disso, Connery publicou a autobiografia “Being a Scot”, juntamente com Murray Grigor. Vivia nas Bahamas e dizia que um regresso ao seu país natal só aconteceria quando a Escócia se tornasse independente. Morreu aos 90 anos.



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