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O Silêncio das Bandas Filarmónicas - os efeitos da COVID-19

  • Foto do escritor: Linha Contínua
    Linha Contínua
  • 14 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

As salas de ensaio vazias, o som inexistente, a falta de convívio e o cancelamento de todas as romarias. Estas são apenas algumas das consequências do novo coronavírus no mundo filarmónico.

Fonte: Banda de Música de Cête

Habituadas a um verão repleto de música, as bandas filarmónicas são um elemento basilar da música instrumental no país. Apesar de algumas atividades culturais poderem adaptar o seu trabalho para os tempos de pandemia, o número elevado de músicos torna essa conjugação improvável e pouco exequível para as bandas. Neste momento, sem concertos e romarias, muitas destas instituições estão dependentes dos apoios das respetivas Câmaras e de patrocinadores para sobreviver.


Para conseguirmos ter uma melhor perceção do que se tem passado no seio das bandas, o Linha Contínua foi até Cête, mais concretamente à sede da Banda de Música de Cête, uma das bandas mais antigas do concelho do Porto.


Rui Barros, vice-presidente desta Associação, relatou todas as dificuldades destes tempos e não antevê tempos fáceis para a filarmonia no período pós-pandemia. No programa deste ano, constava a gravação de um CD, no mês de março. Apesar das dificuldades, a banda conseguiu, em setembro, cumprir com esse objetivo, alugando um espaço amplo para as gravações.


Para Francisco Ribeiro, saxofonista e músico da banda há seis anos, esse foi o momento alto de um ano diferente. Entre outros fatores, Franciso revela o que muitos músicos filarmónicos sentiram pelo mundo fora, desde a ausência dos ensaios à sexta-feira, até à falta de atividade durante os fins-de-semana de verão.


Na verdade, as bandas filarmónicas um espelho da sociedade na pandemia: paradas, confinadas e aguardando ansiosamente por uma cura que lhes permitam voltar ao que eram antigamente.



Reportagem de José Pedro Barbosa e Pedro Marques dos Santos

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