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Vacinas, a chave para o reatar da vida normal

Com as pessoas a serem vacinadas em diversas fases, tudo aquilo que passamos em 2020 pode acabar num futuro próximo.

Foto: Direitos Reservados

O silêncio do confinamento obrigatório já não é tão ensurdecedor como foi nos meses de março até maio. Ainda assim, paira um silêncio nas ruas desertas, com lojas fechadas e despidas de turistas. Todos esperamos que isso acabe no decorrer do novo ano com a chegada de mais doses. Depois de muitos testes em tempo recorde, a ponta da esperança parece ter chegado.


A vacina já começou a surtir efeito em Portugal e em grande parte do mundo. No entanto, gera uma grande dose de otimismo e desconfiança, pelo facto da indústria farmacêutica nunca ter sido tão rápida a produzir uma vacina segura para ser administrada. Com percentagens acima dos 90%, será que a vacina gera assim tanto receio? É importante salientar que, comparativamente a outras vacinas, o tempo e os meios que a ciência dispunha eram diferentes daquilo que temos hoje, onde existe um maior desenvolvimento em todas as áreas.


Os resultados do estudo da vacina Oxford-AstraZeneca e BioNTech-Pfizer foram publicados em duas das revistas médicas de maior prestígio mundial. Ambas mostram uma eficácia de cerca de 95% em adultos, em casos leves como graves. A proteção dura quatro meses depois da primeira dose. Associados à vacinação surgem os efeitos secundários. Uma das polémicas associadas é a possibilidade de a vacina modificar o ADN humano, mas tal não acontece uma vez que o vírus não tem capacidade suficiente para se integrar no cromossoma.


Outro dos problemas associados podem ser dores articulares, musculares e febre ligeira durante um ou dois dias. Mas se tal acontecer é um sinal que o seu corpo está a reagir positivamente ao vírus. No entanto, a imprensa tenta criar a ideia de que os efeitos são inúmeros e que deixam mazelas. A vacina é uma grande conquista e a melhor prenda que alguém podia pedir em altura de épocas festivas. Algumas pessoas depois de serem vacinadas acabaram por morrer, mas por problemas não associados à vacina e seus efeitos. É importante não criar um alarmismo não justificado relativamente a esta conquista. É necessário que as pessoas se informem e estejam informadas, para não cair no erro da desinformação.


Estudos indicam que é necessário vacinar 70% da população para atingir a imunidade de grupo, mas é de realçar que, quanto maior for a taxa de pessoas vacinadas, mais protegida estará a população, porque o vírus não poderá replicar-se e dar origem a uma nova cadeia de contágios porque não pode contactar com pessoas não imunizadas. Mas ainda existe um longo caminho a percorrer para atingir, pois é necessário vacinar milhões de portugueses para tal acontecer.


Para terminar, é importante referir que, até agora, a vacina é a única esperança para travar a pandemia. Mas o aparecimento da vacina não faz com que estejamos mais relaxados. É necessário continuar a usar máscaras, respeitar o distanciamento social e lavar as mãos com frequências, mas o mais importante de tudo, respeitar as indicações dadas pela Direção-Geral da Saúde, porque o vírus ainda não acabou, mas caminhamos a passos largos para retomar à normalidade que tanto queremos.

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